A moça e seu vestido
Em uma belíssima noite de verão,
Estava eu sorrateiro a esperar,
E de longe à vejo se aproximar,
Como uma espantosa ilusão.
Não sei se surgiu do nada, ou, se
Materializou em meio a densa e turva escuridão.
Ainda me surpreendo,
Tentando imaginar de onde veio,
Pois tamanho era o pardo,
Mas digo sem receio,
Que o meu anseio confirmou-se
Como um inconfundível clarão.
Não esperava ver algum dia,
O sol em sua imensa simpatia
Dentre a noite vir nos alegrar,
Realmente era de uma suntuosa beleza
Que ninguém em sua sã consciência
Discordaria de sua realeza.
Acho que o visual da moça em seu vestido,
Me arrebatou para um outro estado,
Pois foi tão surreal,
Ver aquele adorado corpo grudado
Em seu vestido divinal.
Ainda não sei nem o que dizer,
Nem o que pensar,
Só sei que, para mim só bastou
A linda moça com seu vestido
Contemplar.
Silvânio Farias
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